Heitor Villa-Lobos (5 marzo 1887-1959): Uirapurú, poema sinfonico W133 (1917). Orquestra sinfônica nacional da Universidade federal fluminense, dir. Ligia Amadio.
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Rudepoêma
Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959): Rudepoêma per pianoforte (1921-26). Roberto Szidon.
Il brano, il cui titolo significa «poema selvaggio», è dedicato a Artur Rubinstein (1887 - 20 dicembre 1982) ed è una sorta di ritratto musicale del celebre pianista polacco. Rubinstein interpretò Rudepoêma in prima esecuzione assoluta a Parigi, nella Salle Gaveau, il 24 ottobre 1927.
Artur Rubinstein nel 1927
Crudele nostalgia di riso e pianto
Heitor Villa-Lobos (1887 - 17 novembre 1959): Bachianas brasileiras n. 5 per soprano e otto violoncelli (1938-45) su testi di Ruth Valladares Corrêa (1904 - c1963) e Manuel Bandeira (1886 - 1968). Renée Fleming, soprano; Kenneth Freudigman (solista), Sofia Zappi, Alexander East, Pamela Smits, Damon Coleman, Robert Vos, Brad Ritchie e Eran Meir, violoncelli; dir. Michael Tilson Thomas.
I. Ária (Cantilena); testo di Ruth Valadares Corrêa
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d’alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza…
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
II. Dança (Martelo); testo di Manuel Bandeira [6:38]
Irerê, meu passarinho
Do sertão do cariri,
Irerê, meu companheiro,
Cadê viola?
Cadê meu bem?
Cadê maria?
Ai triste sorte a do violeiro cantadô!
Sem a viola em que cantava o seu amô,
Seu assobio é tua flauta de irerê:
Que tua flauta do sertão quando assobia,
A gente sofre sem querê!
Teu canto chega lá do fundo do sertão
Como uma brisa amolecendo o coração.
Irerê, solta teu canto!
Canta mais! Canta mais!
Pra alembrá o cariri!
Canta, cambaxirra!
Canta, juriti!
Canta, irerê!
Canta, canta, sofrê!
Patativa! Bem-te-vi!
Maria-acorda-que-é-dia!
Cantem, todos vocês,
Passarinhos do sertão!
Bem-te-vi!
Eh sabiá!
Lá! Liá! liá! liá! liá! liá!
Eh sabiá da mata cantadô!
Lá! Liá! liá! liá!
Lá! Liá! liá! liá! liá! liá!
Eh sabiá da mata sofredô!
O vosso canto vem do fundo do sertão
Como uma brisa amolecendo o coração.